02/12/10

Quando andamos leves, contentes.... felizes! Pouco nos apetece escrever. Apetece-nos apenas devanear................................. e este começa a ser um devaneio constante.... não usar cuecas!!!!!!!!!!

16/11/10

... para mim

Conheço-te há pouco tempo. Tempo. Tempo, a palavra que quantifica a quantidade de tempo, na escala da vida humana. Nove meses não são tempo nenhum. Mas foste tu, aquele que estiveste mais perto de me conhecer.
Durante anos anulei-me. Deixei de existir! Tudo em prol de um sentimento doentio, alimentado por um menino pequenino de trinta e muitos anos. E só agora é que também me apercebo disso. Mas isso já não interessa, pelo menos a história. Interessa sim, o que aconteceu comigo, naquilo em que me transformei e o meu agora. O meu agora, é a parte que realmente importa.
Meu amor, foi preciso tu vires e ires para me aperceber de tanta coisa…. tenho tanta coisa para te dizer ainda… mas não neste momento. Hoje não.
Ontem saí mais cedo do trabalho. Fui a uma loja. Lá há de tudo. Meias, ligas, coisas para o cabelo, maquilhagem, tudo! Andava por ali a ver, quando encontro uma mulher a tentar meter uma liga na cabeça! Apesar do quão hilariante era a situação, delicadamente expliquei-lhe que se tratava de uma liga, ao fundo da loja sim, encontraria fitas para o cabelo.
Era uma mulher bonita. Estaria entre os 35 e 40 anos. Tinha uns olhos verdes bem rasgados e o cabelo pintado de louro. Não olhei de imediato para o corpo, ainda sinto pudor em fazê-lo.
Os “pré-conceitos” que durante o nosso crescimento herdamos dos nossos pais, avós, catequistas e até mesmo chefes de escuteiros, parece que se entranham no núcleo das nossas células. A nossa estrutura enquanto indivíduos, cresce por entre aquelas reverberações… até que um dia tomas consciência desses ecos… ou não. Quando te apercebes disso, tentas-te soltar, mas devagar, muito devagar, pois corres igualmente o risco de também deixar de seres tu.
Houve uma empatia instantânea. Acompanhei-a até às fitas de cabelo. Enquanto ela escolhia, fingia-me entretida com uma ou outra coisa que ali estava. Ao mesmo tempo que se movia, soltava um aroma tão bom, um perfume tão sensual, que não me apetecia sair dali.
Preciso de comprar um perfume. Mas não um perfume qualquer. Um perfume que consiga reflectir toda a minha sensualidade – sim, porque eusou uma mulher sensual! Ajudas-me a encontrar?
Os cabelos eram longos e lisos. Tinham um gancho com brilhantes a prender uma antiga franja, que agora crescia. Umas argolas enormes saíam das suas orelhas. A fita não passava. Acabara por tirar tudo e finalmente colocar a fita. Era uma fita bonita, de renda, ficava-lhe tão bem…
Não resisti e comentei: “fica-lhe linda! Mas também, com uns olhos desses, o que é que não ficará bem?”. Ela olhou para mim, sorriu e agradeceu. O sorriso permaneceu-lhe no rosto por alguns instantes, até que de repente desaparecera por completo. “E as rugas? Já viu? Estou cheia delas!”.
“Ainda bem”, respondi-lhe. “É a prova física de que a sua vida não tem sido um vazio. Sorriu muito, chorou muito, viveu! É isso que elas me contam, pelo menos a mim.” Ficara parada por instantes a olhar para mim. Queria dizer-me alguma coisa, mas não conseguiu.
Enchi-me de coragem e olhei para o corpo dela. Para a pele.
Tu desde que me conheceste que sentiste este meu devaneio. Ainda me pergunto, como! Se eu mesma o fechava dentro de um baú do qual nem eu tinha a chave!! Sabes tanto de mim… e eu sei tão pouco de ti.
Sempre tive esse vontade, mas nunca tive essa coragem!
A pele. A pele é a coisa que mais me assusta! Marco aqui um encontro no sexyin e depois a pele?...
O toque, o cheiro, tudo passa pela pele. Sempre gostei de te lamber… desde o dia em que te conheci que sentia um desejo louco de percorrer todo o teu corpo com a minha língua…. É tão boa a tua pele. É ela que me desperta. É ela que me dá tesão. E está cá em casa o cheiro dela, pelo menos por enquanto…
Ela tinha uma pele linda. Com marcas da idade – e eu gosto disso. Um dia perguntei-te se gostarias de mim velhinha. Respondeste-me que me preferias novinha, mas que possivelmente sim, também gostarias.
As mamas ficam caídas, o corpo ganha outra figura – mas é tão bonito na mesma, não é?
Às vezes sentia-me mal contigo. No fundo não era contigo, era comigo mesma. O meu corpo está diferente de há oito anos atrás. Eu gosto muito dele. E tu? Gostas? Mesmo? Tive tanta dificuldade em acreditar no teu amor… Nunca me tinha apercebido da dimensão do mal que me fizeram…
O decote era discreto. Mas dava para notar a sua forma. Não eram grandes nem pequenas, eram médias. Eu estava a deliciar-me com o corpo dela. Tinha perdido todo e qualquer medo de o fazer. Sentia-me tão excitada – tal como agora me sinto, enquanto escrevo isto! Apetecia-me tanto tocar-lhe... Imaginava-me a desapertar-lhe a blusa, a passar o dedo por cima do soutien… imaginando apenas como seriam os seus bicos…
Mesmo ao lado havia luvas. Luvas todas de renda. Vou comprar umas. Quando tiver dinheiro vou comprar umas luvas e uns sapatos vermelhos.
As luvas eram compridas e de dedos cortados. Por elas acima, trepava uma fita de seda preta que acaba com um laço.
Sem hesitar, ela pega numas e diz: “Importa-se de experimentar? Teria que tirar todos os acessórios que trago para o fazer.” “Claro que não”, respondi prontamente.
Subi a manga do casaquito que trazia vestido e calcei a luva. Fi-lo devagar, enquanto me deliciava com o olhar dela, pousado sobre a minha pele. E permanecemos as duas ali, sem balbuciar uma palavra sequer, apenas saboreando a magia do momento.
Ela ergue o olhar e ainda sem me tocar diz “ficam fantásticas, vou levá-las”.
Por momentos pensei que tudo tinha terminado naquele instante. Não queria!!
As mãos dela eram delicadas. Finas e pequenas. De um momento para o outro, compõe-me a luva. Acaricia-me a parte interior do braço dizendo “a renda é linda”. Os nossos olhares perderam-se por instantes… ela estava tão louca quanto eu. Apetecia-me despi-la. Percorrê-la toda. Lambê-la, sentir o cheiro dela. Descobrir como gemia, como se contorcia. Apetecia-me sentir o sabor da sua transpiração. Apetecia-me ganir em uníssono com ela… tal como agora ainda me apetece…
Acabara por se dirigir à caixa de pagamento e ir embora.
Eu… eu fiquei ali, um pouco à toa. Tinha sido tão bom, queria tanto ter conseguido fazer alguma coisa. Queria tanto ter-lhe tocado, queria tanto tê-la sentido. E queria-te tanto ali connosco…
Preparava-me para sair da loja, quando de repente ela volta. Dirige-se à menina da caixa e diz-lhe, que a saca com as coisas que ali acabara de comprar, tinha tocado ao entrar na loja ao lado. A menina explica-lhe que isso não poderia ter acontecido. Os artigos da loja não estavam munidos de alarme. Qualquer outra coisa o teria disparado, mas não aquele saco. Ela insiste. A menina volta a explicar. E ela volta a insistir! Até que se vira para mim e diz “quer vir comigo, para ver que é verdade?”
Eu apenas disse, “claro”. E fomos……

11/11/10

... para ti

Um dia cheguei a casa e já lá não estavas. Tinhas partido. Há muito que preparavas a tua ida, só eu não me tinha apercebido.
Faz hoje oito dias que foste. Desde aí tudo mudou. Há muito que não parava e me sentia a mim mesma. Foi há oito dias que foste, mas parece que foi há muito tempo. Parece que vivemos juntos cinco anos, mas afinal foram apenas seis ou sete meses. E foi tão bom…
Não pediste para ficar e felizmente, não pediste também para partir. Tinhas que o fazer e fizeste.
O amor é isso mesmo. Não podemos pedir aos outros para mudar. Se não estamos bem, nós é que temos que partir. És tão crescido! Há quem diga exactamente o oposto. Que fugiste, não tentaste resolver as coisas. Eu não. Foi a maior prova de amor que me podias ter dado…
Por vezes precisamos disso mesmo. Ficar sós para sentir, para nos sentirmos a nós mesmos. Sentir, sentir, sentir….
Cresci tanto nestes últimos dias. Olho para o espelho e sorrio. Amo a mulher que hoje ali se reflecte. E amo o homem que me fez enxergar essa mulher. Não receio nada. Aprendo apenas a gerir a saudade. Essa é diferente. Faz chorar.
Não sei se um dia vais voltar. Não sei tão pouco se quero que voltes. Quero apenas amar-te. E agora sim, só agora te amo de verdade. Sinto prazer em ter-te longe. Sinto prazer em fazer-te feliz. Sim, porque só agora é que te estou a fazer verdadeiramente feliz. E é tão bom…
Nascemos, crescemos, vamos para a escola. Ensinam-nos a ler, escrever, fazer contas. E porque será que ninguém nos ensina a amar?!!
Gostar de alguém é tão difícil! E tão bom! Gostar de nós é tão importante. Sinto tantas coisas, tenho tanto para te dizer, mas parece que não consigo.
Durante anos lamentei-me por não poder amar, por não poder cuidar. E agora que te tive, não soube cuidar de ti. Isso não me agonia. Não soube cuidar de ti, porque não sabia ainda gostar. Nem de ti, nem de mim. Se não tivesses existido na minha vida, ainda hoje não saberia.
Um dia disseste-me que os nossos passados eram opostos, daí a nossa forma de estar ser tão diferente. Eu tinha sido maltratada durante anos, talvez por isso, não confiar em ti. Tu tinhas perdido alguém, por um dia teres sido também como eu. Só agora entendo na perfeição o que me tentaste dizer.
Nunca ninguém me amou como tu. A tua partida foi a prova desse amor. Se não partisses, nunca iria entender isso. Ou pelo menos tão cedo.
Há oito dias atrás era tão garota!!!... Desde o primeiro dia que te tive, senti logo medo de te perder.  Achava isso normal, saudável até!! Então… se gostava de ti, era normal – pensava eu. Inconscientemente, aos poucos, fui-te tentando retirar de todos os perigos, de todas as ameaças. Tentei trazer-te para a minha toca. Só aí, o nosso amor estaria a salvo, só aí não haveria perigo. E estupidamente não me apercebi, que o perigo era eu. Eu é que te estava a destruir!! A ti, a mim, a nós! Que estupidez!
Amar é tão diferente disso. E só agora percebo e sinto isso com toda a clareza.
Sinto vontade de chorar. Estou triste. Podia ter sido tão, mas tão feliz… Não, não podia, E aí é que está toda a diferença. Naquela altura não percebia o que hoje percebo e sinto.
Ontem saí! Estava linda! Os piropos que toda a noite ouvi, fizeram-me sentir viva. Os piropos às vezes sabem bem….
Estive toda a noite com um homem, um homem que conheço há anos, mas que só ontem conheci de verdade. Falámos de amor a noite inteira. Que homem encantador! E foi com ele que descobri o quão estou bonita. Gostava que me visses agora, que me sentisses. Será que sentes? Se calhar sim!
Apetecia-me beijar-te. Sentir os teus lábios carnudos, molhados a deslizar por entre os meus…. agradecer-te pelo bem que me fizeste, pelo bem que me estás a fazer. És tão bom para mim. Sinto-me tão bem!

Sinto saudades da tua pele. Do teu corpo. Mas é engraçado, é uma saudade diferente de toda a que senti até agora. A tua pele, o teu cheiro, e a saudade que sinto disso é um culminar da saudade que sinto de ti, da tua imensidão de pessoa. Sinto as tuas mãos a acariciar o meu corpo. A tua mão a aconchegar os meus seios. Mas não são os seios! Às vezes dizia-te que me sentia uma boneca, um objecto sexual. Não conseguia sentir para além da tua mão na minha mama. Até me incomodava às vezes. Agora que aqui não estás, a tua mão está aqui. Dá-me tranquilidade. Entesoa-me. Sinto-me tão excitada que nem consigo descrever. E impede-me de chorar. Sinto-me tão bem…
Não tenho conseguido dormir muito. Mas durmo bem. As horas que me poupo de dormir, são essenciais para mim. Preciso de passar tempo comigo. E hoje foi o que fiz.
Vesti-me de puta. É tão bom sentir-me uma ordinária! Tu sabes que eu sempre gostei. Mas só hoje te senti como o meu dono.
Estou com muitos pelos. Vou cortá-los todos. Preciso de fazer isso, estou tão bonita nas fotografias que aqui temos. Nunca tinha reparado. Hoje saboreei todos os pormenores. Tenho que comprar lubrificante… daquele. Quero sentir-me toda. Quero-me descobrir.
Eh pá… o meu corpo é tão bom… sinto-me tão livre… os meus mamilos estão tão duros… de tão bem que me sinto.
Os meus sapatos são pretos. Preferia que fossem vermelhos. Mas não tenho. E também não tenho dinheiro para comprar uns. São pretos e são feios.
Nesta última semana emagreci. Também estava a precisar. Gosto muito mais do meu corpo agora. È tão lindo! Cortei umas meias. Atei-lhes um cordão a fazer de ligas. Visto uma saia, mas não uso cuecas. A minha mão desliza pelo meu rabo… está tudo molhado…. consegues sentir?  Claro que sentes… também tu o estás a percorrer.
Finalmente cortei o soutien. Aquele, que parece da tropa. É muito feio mas ficou fantástico. Eleva-me o peito, mas deixa-o à vontade… estão tão tesos os meus bicos. Apetecia-me sair para a rua assim. Com uma camisola fina, de malha e larga. Para que se notasse a forma do meu peito, os seus movimentos. Para que a minha excitação provocasse o olhar de estranhos. De mulheres.
Está uma gaja interessante aqui. Acho que lhe vou mandar uma mensagem. Vou ter com ela. Tu estás tão excitado… sinto o teu cheiro… o teu pénis está duro… tão duro…. Como o lambia agora! Chupava-o até ele me dar o que sempre gostei. A minha sobremesa. Aquele esperma doce ou amargo… e quente.






 Estás a gostar tanto de mim… Agora. Só agora é que podes gostar de mim. Antes nunca te deixei gostar de mim. E tu tentaste… se tentaste!!!
Esse teu queixo tira-me do sério. Apetece-me aleijar-te. Não pelo dor que te provoco, mas sim pelo prazer que tenho em sentir a tua carne. É bom trincar. É um sentir-te de corpo e alma…

Não consigo escrever mais. Vou sentir-me. Vou tocar-me. Vou deixar explodir-me de sensações…
…… vou amar-me!